Palavra que adoça a boca
Destila meu sorriso
Torpor de espírito
Tatuagem que ninguém vê
Marcada por dentro
Encharcada no prazer
No rebojo da saudade.
Enrolada nos beijus
Mergulhada na moqueca
Ensopada no guisado
Na farinha ou no jabá
No remelexo do baião
De dois em dois
Sempre enche meu papo.
Empotocada, empilheirada
Debruçada no pé de manga
Ancorada no leito do rio
Empoeirada nas alpercatas
Esbanjando sua elegância
Vejo sua cara avermelhada
Cheia de graça.
Despi o Aurélio todo
E nada de encontrar
Algo mais precioso que seu nome
Presença bendita
Herança divina
Sopro de vida que acaricia a alma
Moage abençoada!
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