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Mostrando postagens de janeiro, 2013

QUEIXUME

Não sei pra que toda pluma Tanta banca, tanta pompa se escanchada na garupa rindo da mea culpa é a palavra tosca quem se inflama. Se quero que lodo vire rosa Pavão seja peba E carvão, pérola Quem se importa? Se as pedras que trago no embornal É o que mais me encanta. A rima que se lasque O Aurélio que se dane Há muito já rebolei na ribanceira o Bilac O Dias, o Casimiro, o Alencar Eu quero é um Ménage à trois Com o torto e o traste. Prefiro a companhia das palavras tronchas Das que saem sem black tie E fazem do chão sua cama Se lambuzam de poeira e lama E não sabem se noite é dia Ou se afago é açoite Sei apenas que poste e tolete são poesia. Não dou trela se ela tem diploma Até torço a cara quando me acena E diz estar no altar feito dama Mas se cambaleando de tão bêbada Cai num pé de guanxuma e diz que é puta Apenas ergo sua saia e ela já está pronta.