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Mostrando postagens de julho, 2015

LIBERTAÇÃO

Todo entanguido, Zé Catinga não podia me ver que rotava seu ofício: poetar o bicho bulia na criação – lua, nuvem, estrela tudo o que é bem longe da riqueza do chão. Era só com a cara pra cima pensando que ninho de palavras é em riba do céu - Malassombro! – abanei a cabeça, assuntando o despropósito. Era topar com o besta fera E ele já se enfiava num jardim: rosa, roseira, roseiral Nunca vi gostar tanto assim de flor! Mas poesia nunca esteve ali. Num alumbramento mentiroso seguia vazio em sua desorientação. Pra poema, só flor de toco tem serventia pilhéria, potoca, perfume de pedra e assombração escanchada na garupa das histórias inventadas, também. Pobre do Zé, vive iludido, sem direção carrega uma ruma de papel e letras mortas sempre com seu diploma desformado. Nunca desinformou a palavra mode deixá-la troncha só anda na lei das regras, feito polícia que de arte não tem rastro nem cheiro. Nunca ouviu a vó Bela empoemar no pé de manga nem ao