Neste fim de semana (25 e 26 de junho de 2016), a vida me pregou uma lição: a importância da morte para conscientização da humanidade sobre sua condição de pó. No auge da existência, aos 32 anos de idade, um infarto fulminante ceifou a jovem Lenice, deixando quatro filhos órfãos. O impacto dilacerante da dor, no primeiro momento, é apenas encarado como crueldade e injustiça, mas há um lado benéfico difícil de ser absorvido, mas que nestas condições adversas forçam os viventes a caírem do egoísmo entronizado, cedendo lugar à fragilidade e uniformização de todos. São nesses momentos de desespero e escuridão que a reflexão acontece como freio para toda nossa pretensão de onipotência. As lágrimas unem-se, os abraços entre parentes e amigos são mais cálidos, espontâneos, demostrando o quanto precisamos uns dos outros e que não há tempo a perder. A saudade também é outra ferramenta usada pelas mãos do Criador, estímulos para trazer à tona tudo o que era precioso e agora se fo
abstrações, devaneios, vestígios de som, respingos de arte, fé e vida que vazam pelas frestas da alma