Com quase dois anos sesteando à sombra dos sons, mesmo sem registros observáveis em papel, a mente continuou fustigando ideias que finalmente resolveram romper esse período de hibernação literária. Essa pausa tem uma explicação: em novembro de 2017, com o álbum “Speaking of now”(2002), do genial guitarrista Pat Metheny, de forma espontânea, deu-se início ao projeto Cola no Som, com postagens semanais no Instagram que, atualmente, já expuseram 23 álbuns. Minha coleção de discos têm sido o baú das relíquias que compõem o cenário musical. Para que haja um fator surpresa, os episódios são gravados de forma aleatória e depois ouvidos com atenção ao longo de toda semana e só aí vai ao ar. A cada obra as fichas técnicas repletas de músicos excepcionais entram em cena, hasteando a bandeira do requinte e extremo bom gosto, atingindo em cheio os corações dos seguidores que acolheram o projeto e também respiram música. O interesse por esse material fonográfico aconteceu por v
abstrações, devaneios, vestígios de som, respingos de arte, fé e vida que vazam pelas frestas da alma